farsa – A Voz do Cidadão https://www.avozdocidadao.com.br Instituto de Cultura de Cidadania Thu, 02 Jan 2020 15:11:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.2.6 163895923 História – a farsa do “método Paulo Freire” desmascarada por David Gueiros Vieira https://www.avozdocidadao.com.br/historia-a-farsa-do-metodo-paulo-freire-desmascarada-por-david-gueiros-vieira/ https://www.avozdocidadao.com.br/historia-a-farsa-do-metodo-paulo-freire-desmascarada-por-david-gueiros-vieira/#respond Thu, 02 Jan 2020 15:09:01 +0000 https://www.avozdocidadao.com.br/?p=39724 *O plágio e desvio filosófico de Paulo Freire ao método do missionário protestante norte-americano Frank Charles Laubach*

As cartilhas de Laubach foram copiadas pelos marxistas em Pernambuco, dando ênfase à luta de classes. O autor dessas outras cartilhas era Paulo Freire, que emprestou seu nome à “nova metodologia” como se a ela fosse de sua autoria_

Por David Gueiros Vieira – historiador

https://www.escolasempartido.org/artigos/metodo-paulo-freire-ou-metodo-laubach/

O Método Laubach de alfabetização de adultos foi criado pelo missionário protestante norte-americano Frank Charles Laubach (1884-1970). Desenvolvido por Laubach nas Filipinas, em 1915, subseqüentemente foi utilizado com grande sucesso em toda a Ásia e em várias partes da América Latina, durante quase todo o século XX.

Em 1915, Frank Laubach fora enviado por uma missão religiosa à ilha de Mindanao, nas Filipinas, então sob o domínio norte-americano, desde o final da guerra EUA/Espanha. A dominação espanhola deixara à população filipina uma herança de analfabetismo total, bem como de ódio aos estrangeiros.

Com o auxílio de um educador filipino, Donato Gália, Laubach adaptou o alfabeto inglês ao dialeto mouro. Em seguida adaptou um antigo método de ensino norte-americano, de reconhecimento das palavras escritas por meio de retratos de objetos familiares do dia-a-dia da vida do aluno, para ensinar a leitura da nova língua escrita. A letra inicial do nome do objeto recebia uma ênfase especial, de modo que aluno passava a reconhecê-la em outras situações, passando então a juntar as letras e a formar palavras.

Utilizando essa metodologia, Laubach trabalhou por 30 anos nas Filipinas e em todo o sul da Ásia. Conseguiu alfabetizar 60% da população filipina, utilizando essa mesma metodologia. Nas Filipinas, e em toda a Ásia, um grupo de educadores, comandado pelo próprio Laubach, criou grafias para 225 línguas, até então não escritas. 

Na América Latina, o método Laubach foi primeiro introduzido no período da 2ª Guerra Mundial, quando o criador do mesmo se viu proibido de retornar à Ásia, por causa da guerra no Pacífico. No Brasil, este foi introduzido pelo próprio Laubach, em 1943, a pedido do governo brasileiro. Naquele ano, esse educador veio ao Brasil a fim de explicar sua metodologia, como já fizera em vários outros países latino-americanos.

A visita de Laubach a Pernambuco causou grande repercussão nos meios estudantis. Ele ministrou inúmeras palestras nas escolas e faculdades — não havia ainda uma universidade em Pernambuco — e conduziu debates no Teatro Santa Isabel. 

Houve também farta distribuição de cartilhas do Método Laubach, em espanhol, pois a versão portuguesa ainda não estava pronta.

Naquele ano, de 1943, o Sr. Paulo Freire já era diretor do Sesi, de Pernambuco — assim ele afirma em sua autobiografia — encarregado dos programas de educação daquela entidade.  No entanto, nessa mesma autobiografia, ele jamais confessa ter tomado conhecimento da visita do educador Laubach a Pernambuco.

Concomitante e subitamente, começaram a aparecer em Pernambuco cartilhas semelhantes às de Laubach, porém com teor filosófico totalmente diferente. As de Laubach, de cunho cristão, davam ênfase à cidadania, à paz social, à ética pessoal, ao cristianismo e à existência de Deus. 

As novas cartilhas, utilizando idêntica metodologia, davam ênfase à luta de classes, à propaganda da teoria marxista, ao ateísmo e a conscientização das massas à sua “condição de oprimidas”. O autor dessas outras cartilhas era o genial Sr. Paulo Freire, diretor do Sesi, que emprestou seu nome à essa “nova metodologia” — da utilização de retratos e palavras na alfabetização de adultos — como se a mesma fosse da sua autoria.

A artimanha do Sr. Paulo Freire “pegou”, e esse método é hoje chamado Método Paulo Freire, tendo o mesmo sido apadrinhado por toda a esquerda, nacional e internacional, inclusive pela ONU.

No entanto, o método Laubach — o autêntico — fora de início utilizado com grande sucesso em Pernambuco, na alfabetização de 30.000 pessoas da favela chamada “Brasília Teimosa”, bem como em outras favelas do Recife, em um programa educacional conduzido pelo Colégio Presbiteriano Agnes Erskine, daquela cidade. Os professores eram todos voluntários. Essa foi a famosa Cruzada ABC, que empolgou muita gente, não apenas nas favelas, mas também na cidade do Recife, e em todo o Estado.

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Artigo – do Diário do Comércio de São Paulo: “A privilegiatura e a farsa da República, por Jorge Maranhão https://www.avozdocidadao.com.br/artigo-do-diario-do-comercio-de-sao-paulo-a-privilegiatura-e-a-farsa-da-republica-por-jorge-maranhao/ https://www.avozdocidadao.com.br/artigo-do-diario-do-comercio-de-sao-paulo-a-privilegiatura-e-a-farsa-da-republica-por-jorge-maranhao/#respond Sat, 08 Jun 2019 00:54:42 +0000 https://www.avozdocidadao.com.br/?p=31913 Ainda com relação à polêmica sobre o texto reproduzido pelo presidente Jair Bolsonaro, que é de autoria de Paulo Portinho, funcionário da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e membro do Partido Novo, a ingovernabilidade do país é devida aos inúmeros sindicatos que tomam conta do orçamento público.

E nem precisa dar nomes aos bois, uma vez que passaram a chover campanhas e vídeos de associações e sindicatos de funcionários públicos nas redes sociais que resolveram vestir a carapuça defendendo seus “direitos adquiridos” contra a reforma da Nova Previdência.

Não tenho nada contra as corporações defenderem suas chamadas prerrogativas diante dos empregados do setor privado, mas não podemos argumentar com falácias barroquistas.

Temos de ter em mente de maneira mais clara possível as diferenças entre prerrogativas e privilégios. E o princípio moral que inibe tais diferenças.

Quando todos puderem, se quiserem, ter um mínimo de saúde, educação e cidadania, tudo bem, que se diferenciem os mais indispensáveis para o bem público dos mais comuns dos mortais. Os detentores de prerrogativas diante dos detentores apenas de direitos.

Mas “direitos adquiridos” me parece abuso de direitos. Pois podem ter sido “adquiridos” por meios ilegítimos, uma vez que nem todas as leis se pautam pelos princípios da moralidade pública.

Seguindo a regra de ouro da tradição moral ocidental, de que tudo que não puder ser minimamente constituído como direito de todos, na verdade, não pode ser concedido como direito de ninguém, temos o próprio fundamento da democracia e da república.

O que implica que todos somos iguais perante a lei, ou que não se pode defender apenas para sua categoria o que não possa ser estendido a todas as demais. A menos que se aceite o inaceitável que é a farsa de uma república torcida nos paradoxos do barroquismo mental.

Uma república que não é de todos, mas cativa de corporações organizadas em verdadeiros sindicatos de defesa de privilégios, simplesmente não é uma república. Mas apenas uma farsa.

Não se trata, portanto, da luta decisiva de um presidente contra a chamada privilegiatura, mas uma luta de todos os cidadãos comuns que querem mudar o Brasil para que este se aproxime mais de uma verdadeira república.

Neste sentido, identificar e dar nomes aos bois dos republicanos de araque, dos farsantes da pátria, dos renitentes contorcionistas da realidade, dos sofistas de plantão, dos retóricos das falácias, barroquistas privilecos, passa a ser dever cívico e moral de todos os cidadãos comuns.

Que devem identificá-los para o escrutínio de todos os demais cidadãos. E segue a lista para o conhecimento público, não apenas dos sindicatos das corporações que privatizam os recursos públicos, mas a lista de seus “direitos adquiridos”.

Que o leitor examine e faça, inclusive, contribuições de acréscimo ou de exclusão se os argumentos lhe parecer convincentes, sempre à luz do princípio moral de que se exija mais dos que têm mais para servir do mínimo os que menos têm:

  1. Liste-se o quanto somam os penduricalhos salariais e benefícios das elites dos agentes públicos como magistrados, promotores, procuradores, auditores fiscais e demais que lhes assemelham. Os “servidores-sindicalistas”, para além dos “sindicalistas de toga”.
  2. Mas que se aproveite e se explicite quem são os “sindicalistas de cátedra e de reitorias”, que acabaram estendendo seus privilégios para os demais cargos da cúpula administrativa e “autônoma” das universidades públicas.
  3. E também os “sindicalistas do regime próprio” da Velha Previdência. Das altas pensões do RPPS que sempre poderão ter a previdência complementar privada como alternativa;
  4. Assim como os empresários estado-dependentes, “sindicalistas de oligopólios” com dinheiro público, “os campeões nacionais”. Os que nadam de braçada nos créditos subsidiados dos bancos públicos para grandes empresas;
  5. Ou os “sindicalistas de tribuna”,da privilegiatura das legislaturas parlamentares, com verbas de  gabinete, auxílios-paletó, moradia, correios e outras espécimes raras;
  6. Ou os “sindicalistas das estatais” que se fartam de aportes do tesouro para mais de 400 empresas que só dão prejuízo para a União, sustentados com os impostos de todos os cidadãos e apadrinhados por políticos que são seus verdadeiros controladores;
  7. Ou os “sindicalistas dos subsídios” ou das desonerações de setores empresariais inteiros cevados de ganhos públicos fáceis, sem se expor a qualquer competitividade;
  8. Ou os “sindicalistas da pelegagem” que vivem dos impostos e contribuições sobre os salários dos trabalhadores, tanto para alimentar sindicatos de pelegos como a jabuticaba da justiça do trabalho que só existe no Brasil;
  9. Ou os“sindicalistas da burocracia federal”, que de federal não tem nada, pois que cuidam para que os orçamentos dos entes da União vivam a passear por Brasília para depois retornar aos estados e municípios em forma de toma lá dá cá.
  10. Por fim, quanto aos “sindicalistas da contra-informação”, que se dê melhor uso aos orçamentos escandalosos de publicidade estatal direcionados às grandes mídias que, a cada dia, perdem mais audiência em face da concorrência dos canais independentes das redes sociais.

Já apresentei em meu último livro (*), inclusive, uma alternativa de legitimação dos orçamentos estatais com a mídia. Não através de campanhas ditas de “marketing” dos entes federados ou da União, mas de um programa de publicização de valores, segmento por segmento, dos orçamentos destinados a sindicatos e corporações e seus privilégios, para que a opinião pública tenha condições de formar seu melhor juízo.

Enfim, que se demonstre publicamente os cortes dos privilégios dos que apostam no fracasso do país, dos que se opuseram e se opõem diariamente, não apenas ao governo legitimamente eleito, mas a um Brasil mais justo, próspero e republicano.

(*)“Destorcer o Brasil. De sua cultura de torções, contorções e distorções barroquistas”

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Análise política – Uma das melhores análises sobre as manifestações por Leandro Ruschel https://www.avozdocidadao.com.br/analise-politica-uma-das-melhores-analises-sobre-as-manifestacoes-por-leandro-ruschel/ https://www.avozdocidadao.com.br/analise-politica-uma-das-melhores-analises-sobre-as-manifestacoes-por-leandro-ruschel/#respond Sat, 01 Jun 2019 16:03:58 +0000 http://www.avozdocidadao.com.br/?p=30672 A máquina de apoio ao establishment tentou de todas as formas boicotar as manifestações do último domingo, sem sucesso. Após a demonstração de apoio popular à agenda de Bolsonaro, a estratégia passou a ser diminuir a sua importância. Entenda o que de fato está acontecendo. E a desinformação da grande mídia com a falácia da agenda de extinção do STF e do CN.

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Redes sociais – o MBL desmascara entrevista do Lula: a falácia do argumento e a farsa do evento https://www.avozdocidadao.com.br/redes-sociais-o-mbl-desmascara-entrevista-do-lula-a-falacia-do-argumento-e-a-farsa-do-evento/ https://www.avozdocidadao.com.br/redes-sociais-o-mbl-desmascara-entrevista-do-lula-a-falacia-do-argumento-e-a-farsa-do-evento/#respond Sat, 04 May 2019 11:06:33 +0000 http://www.avozdocidadao.com.br/?p=30551 Renan dos Santos do MBL desmascara a entrevista de Lula à jornalista petista. Pois na permissão da entrevista concedida pelo sinistro Toffoli, comparando com a suspensão da censura à revista Crusoé, já estava presente a falácia do argumento. Lula é um condenado da justiça que deveria estar sendo defendida pelo sinistro. A revista, não! Além do fato em si ser uma farsa, pois nenhuma pergunta foi feita para constranger o presidiário com relação a desgoverno petista que simplesmente assaltou e quebrou o país!

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Gestão pública – A farsa da ingestão pública na tragédia da enchente e desmoronamento do Rio de Janeiro https://www.avozdocidadao.com.br/gestao-publica-a-farsa-da-ingestao-publica-na-tragedia-da-enchente-e-desmoronamento-do-rio-de-janeiro/ https://www.avozdocidadao.com.br/gestao-publica-a-farsa-da-ingestao-publica-na-tragedia-da-enchente-e-desmoronamento-do-rio-de-janeiro/#respond Sat, 13 Apr 2019 16:20:42 +0000 http://www.avozdocidadao.com.br/?p=30466

Vejam a farsa da ingestão pública dos governantes brasileiros que só usam seus mandatos para atender aos interesses corporativos de seus grupos, familiares, igrejas e empresários, numa flagrante “ingestão” da máquina pública e “indigestão” do interesse público.

Uma elite farsante, tanto de políticos populistas que se elegem quanto de setores empresariais que os financiam. E segue o jogo de empurra: “O prédio irregular é recém construído (gestão Crivella) os restantes também são novos ( gestão Paes)”.

E aí? Não importa a gestão se todos levam grana dos “construtores” irregulares e o poder público reduz a zero seu poder de fiscalização de ilegalidades em face do interesse público!

E ao invés de shows midiáticos de solidariedade humanitária por parte de cidadãos de bem contra o show de barbaridades dos cidadãos do mal, o que cabe às verdadeiras elites da cidadania é denunciar a farsa de todas essas narrativas midiáticas.

Vejam o show de solidariedade do ceo da rede Cineápolis. Para além de sua conduta, deveria entender que toda empresa, antes mesmo de pensar nas pessoas, como ele defende, tem de pensar em não corromper qualquer agente público que deveria estar fiscalizando e multando “empresas” que transgridem leis e posturas municipais, causa única das enchentes, desmoronamentos e todas as catástrofes que assolam a sociedade. Vejam e concluam por si mesmos.

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Livros – Fake News: Quando os jornais fingem fazer jornalismo, de Cristian Derosa https://www.avozdocidadao.com.br/livros-fake-news-quando-os-jornais-fingem-fazer-jornalismo-de-cristian-derosa/ https://www.avozdocidadao.com.br/livros-fake-news-quando-os-jornais-fingem-fazer-jornalismo-de-cristian-derosa/#respond Sun, 17 Mar 2019 14:54:32 +0000 http://www.avozdocidadao.com.br/?p=30382 Acompanhem este importante debate sobre o que são as fake news. Quando jornalistas da grande mídia se utilizam do rótulo para desqualificar as informações veiculadas pelas redes sociais e eles próprios defendem uma “imparcialidade” que só contempla suas próprias versões sobre os fatos. A questão da presença obrigatória de opiniões conflitantes no espectro ideológico neste debate é essencial para que os próprios leitores e telespectadores tirem suas conclusões.

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Política barroquista – A propósito da farsa sobre as eleições do Senado em três atos rocambolescos https://www.avozdocidadao.com.br/politica-barroquista-a-proposito-da-farsa-sobre-as-eleicoes-do-senado-em-tres-atos-rocambolescos/ https://www.avozdocidadao.com.br/politica-barroquista-a-proposito-da-farsa-sobre-as-eleicoes-do-senado-em-tres-atos-rocambolescos/#respond Wed, 20 Feb 2019 18:58:02 +0000 http://www.avozdocidadao.com.br//?p=30256 Para entender melhor  tese que venho defendendo sobre a causa mais profunda de nosso impasse civilizatório: a subjacente e resiliente mentalidade barroquista de nossa cultura moral, jurídica e política. Mais informações, em meu mais novo livro:

http://www.avozdocidadao.com.br//novo-livro-destorcer-o-brasil/

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Política barroquista – A propósito da farsa sobre as eleições do Senado em três atos rocambolescos https://www.avozdocidadao.com.br/politica-barroquista-a-proposito-da-farsa-sobre-as-eleicoes-do-senado-em-tres-atos-rocambolescos-2/ https://www.avozdocidadao.com.br/politica-barroquista-a-proposito-da-farsa-sobre-as-eleicoes-do-senado-em-tres-atos-rocambolescos-2/#respond Wed, 20 Feb 2019 18:58:02 +0000 http://www.avozdocidadao.com.br/?p=30256 Para entender melhor  tese que venho defendendo sobre a causa mais profunda de nosso impasse civilizatório: a subjacente e resiliente mentalidade barroquista de nossa cultura moral, jurídica e política. Mais informações, em meu mais novo livro:

http://www.avozdocidadao.com.br/novo-livro-destorcer-o-brasil/

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Artigo – Do Diário de Comércio de São Paulo: “Como superar a farsa da velha política”, por Jorge Maranhão https://www.avozdocidadao.com.br/artigo-do-diario-de-comercio-de-sao-paulo-como-superar-a-farsa-da-velha-politica-por-jorge-maranhao-2/ https://www.avozdocidadao.com.br/artigo-do-diario-de-comercio-de-sao-paulo-como-superar-a-farsa-da-velha-politica-por-jorge-maranhao-2/#respond Fri, 08 Feb 2019 12:17:42 +0000 http://www.avozdocidadao.com.br/?p=30194

Como superar a farsa da velha política

Não prosperaram as cenas medonhas de tentativas frustradas da velha política se sobrepor à nova política reclamada pelos cidadãos desde os idos de 2013


Por Jorge Maranhão 04 de Fevereiro de 2019 às 14:10
Mestre em filosofia pela UFRJ, dirige o Instituto de Cultura de Cidadania A Voz do Cidadão e autor de “Destorcer o Brasil. De sua cultura de torções, contorções e distorções barroquistas”


Não prosperaram, pois, as cenas medonhas de tentativas frustradas da velha política se sobrepor à nova política reclamada pelos cidadãos desde os idos de 2013.

Cinquenta senadores e senadoras, em sua franca maioriade primeiro mandato, manifestaram em plenário sua preferência pela votação aberta, prerrogativa parlamentar mais do que razoável.

Mas o estertor da velha política comprova a farsa barroquista sob a qual vivemos, desde que o Barroco das artes e das letras do século XVII se extrapolou para a vida jurídica, política e moral de nossa cultura nesses últimos três séculos. Senão, vejamos em três atos exemplares como está vivo o gênero burlesco da farsa onde todos insistem em querer enganar a todos durante todo o tempo:

Primeiro ato: o golpe de tentar sobrepor um artigo do regimento interno do Senado sobre o voto secreto, que protege os parlamentares de uma eventual hipótese de retaliação, sobre o princípio constitucional da publicidade, como norma geral da administração pública, que protege todos os cidadãos eleitores da traição de seus representantes.

Segundo ato: o golpe da imposição de destituição da mesa legitimamente formada pela presidência de um suplente da mesa anterior, que encaminhava à soberania do plenário a decisão de mudança do regime de votação, por recurso externo ao Poder Judiciário, na calada da noite, e pela figura do caricato ministro-plantonista, afrontando a independência dos poderes.

Terceiro ato: o golpe da renúncia do senador Renan Calheiros, como maior representante da velha política fisiológica de conchavos, barganhas e trapaças, como tentativa de tumultuar e anular o processo eleitoral em curso, que acabaria por eleger o candidato da nova política, o senador Davi Alcolumbre.

Mas impressionantes são as “análises” dos comentaristas políticos das grandes redes de televisão que, querendo aparecer mais do que os senadores, tagarelando suas matracas por sobre as falas dos parlamentares, se precipitam em narrativas jurídico-normativas que mais confundem do que esclarecem as inúmeras manobras dos protagonistas.

Como a da ameaça de cassação do mandato dos senadores que abrissem seu voto, declinando o nome de seu candidato e mostrando a cédula de votação, num ato de desobediência à determinação do ministro-plantonista, o mesmo que, de acordo com a conveniência da vez, tanto pode vetar como estimular a intervenção interna corporis no regimento de outro Poder.

Um pequeno intermezzo no ato final da grande farsa da eleição do novo presidente do… “Se nado não me afogo, se me afobo não nado”. Pois é de se perguntar se realmente o torcionismo esquerdista que domina as instituições da república e distorce os valores morais nas últimas décadas, não será mais difícil de se expurgar da vida política do que pensa as trupes de nossos ainda desarticulados conservadores e liberais.

Definidas as direções das casas legislativas, que terão a responsabilidade de tramitar os projetos de reformas de que o país necessita com urgência, resta avaliar as estratégias de argumentação com que o Executivo, particularmente as equipes política e econômica conduzirão o processo de sua aprovação.

Em sua fala de posse o ministro Paulo Guedes foi claro e objetivo. Mas de pouco adianta apontar as corporações dos que legislam, julgam e fiscalizam como inimigos preferenciais, ou culpar “as figuras do pântano, os burocratas corruptos e os empresários piratas do Estado”.

Nem limitar a aliança com a parte sobrevivente dos políticos, os melhores da administração e das instituições públicas e a “mídia que deve ajudar a explicar as medidas”. Por seu viés esquerdista, a mídia tem demonstrado uma profunda má vontade para com o sucesso do governo ignorando seu dever cívico para com o país. E seria ingênuo pensar o contrário.

Tanto para Paulo Guedes como para chefe da articulação política do governo, Onyx Lorenzoni, falta o principal de uma estratégia de argumentação que não pode se limitar aos elementos políticos e econômicos em si.

Falta levar em conta o componente cultural da estratégia, o que verdadeiramente constrói o convencimento argumentativo: o chamamento para a aliança com os mesmos agentes de cidadania que elegeram este governo, os 5 milhões de “marqueteiros” que foram para a rua fazer a campanha de graça na dramática ausência de seu candidato.

Se o chefe da equipe econômica e o articulador político não se municiarem de uma excelente estratégia de argumentação cultural, ficarão nas mãos da grande mídia. Note-se que seus comentaristas políticos tratam o chefe da economia apenas como “um brilhante economista com excelentes ideias”, mas com déficit de capacidade de articulação e trato político com o Congresso.

A guerra é cultural como tenho afirmado aqui e desenvolvi no último capítulo de meu novo livro, quando apresento a proposta de um programa de agentes de cidadania, não apenas nas redes sociais, mas sobretudo numa rede de mídia aberta, nem que seja a própria rede pública, para o engajamento dos cidadãos na crítica e avaliação das políticas públicas e sobretudo nos critérios de cortes do orçamento público de subsídios setoriais e de privilégios das corporações.

Recomento o programa proposto no livro, e já testado nas redes sociais com 323 agentes de cidadania que se dispuseram a identificar uma questão de política pública e, no espaço de 1min e 30seg, apresentar uma proposta de resolução, com vistas à repercussão na grande mídia, sempre intoxicada com a cobertura do poder formal dos políticos.

Pois é ingenuidade privilegiar exclusivamente as redes sociais como se fez na campanha eleitoral e hostilizar a grande mídia no governo como pretendem alguns setores mais “radicais, porém sinceros”.

Pode-se ganhar uma eleição pelas redes sociais, mas não se sustenta um governo se não se buscar aliança com setores da grande mídia. A guerra cultural que acontece no front das redes sociais, não se repete magicamente na grande mídia. Deve-se buscar os representantes do jornalismo mais cívico exatamente para atacar o jornalismo dito “investigativo”, enviesado e intoxicado de gramscismo e demais esquerdismos.

E atacar com uma proposta clara: como os 5 milhões de agentes de cidadania poderão sustentar a política econômica na sua guinada liberal, denunciar as distorções dos valores morais pela esquerda e se manifestar contra os privilégios das corporações, promovendo as reformas independente da guerra ideológica.

Por exemplo, as corporações empresariais: não adianta criticar o Sistema S, mas propor uma aliança com a CACB, a Confederação Nacional das Associações Comerciais, que não depende das tetas do orçamento público, para recrutar os agentes de cidadania que irão arbitrar entre os privilégios corporativos e a farsa dos “direitos sociais” ilimitados do povo.

Com o apoio inicial das redes de TV pública, é fatal que pelo menos uma rede de televisão privada acabe por aderir. E não precisa ser a maior que, por suposto, é a mais infestada pela praga esquerdista, expressa em campanhas comprometidas com “o Brasil que você quer para o futuro” e não com “o Brasil que você constrói no presente”.

A proposta de uma campanha de agentes de cidadania descrita no último capítulo de meu novo livro chama os cidadãos a se pronunciarem sobre a alocação de recursos concretos do orçamento público para cada setor ou corporações envolvidas.

E convida para que elas mesmas abram mão de uma cota parte de seus privilégios para alocação nos serviços públicos que se destinam à grande maioria de cidadãos sem corporação, uma vez que nossos representantes representam mais suas corporações do que a nós mesmos como seus eleitores.

Vejam que a proposta nada mais é do que um embate efetivo no campo simbólico da cultura da retórica barroquista de nossos representantes da velha política, seus burocratas e empresários corruptos, contra o bom senso iluminista dos agentes de cidadania que participam efetivamente da ação política brasileira. Visitem a página de apresentação da tese do livro aqui, bem como aqui a proposta inicial em artigo deste mesmo Diário do Comércio.

Para mais informações acesse https://dcomercio.com.br/categoria/opiniao/como-superar-a-farsa-da-velha-politica

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Artigo – Do Diário de Comércio de São Paulo: “Como superar a farsa da velha política”, por Jorge Maranhão https://www.avozdocidadao.com.br/artigo-do-diario-de-comercio-de-sao-paulo-como-superar-a-farsa-da-velha-politica-por-jorge-maranhao/ https://www.avozdocidadao.com.br/artigo-do-diario-de-comercio-de-sao-paulo-como-superar-a-farsa-da-velha-politica-por-jorge-maranhao/#respond Fri, 08 Feb 2019 12:17:42 +0000 http://www.avozdocidadao.com.br//?p=30194

Como superar a farsa da velha política

Não prosperaram as cenas medonhas de tentativas frustradas da velha política se sobrepor à nova política reclamada pelos cidadãos desde os idos de 2013


Por Jorge Maranhão 04 de Fevereiro de 2019 às 14:10
Mestre em filosofia pela UFRJ, dirige o Instituto de Cultura de Cidadania A Voz do Cidadão e autor de “Destorcer o Brasil. De sua cultura de torções, contorções e distorções barroquistas”


Não prosperaram, pois, as cenas medonhas de tentativas frustradas da velha política se sobrepor à nova política reclamada pelos cidadãos desde os idos de 2013.

Cinquenta senadores e senadoras, em sua franca maioriade primeiro mandato, manifestaram em plenário sua preferência pela votação aberta, prerrogativa parlamentar mais do que razoável.

Mas o estertor da velha política comprova a farsa barroquista sob a qual vivemos, desde que o Barroco das artes e das letras do século XVII se extrapolou para a vida jurídica, política e moral de nossa cultura nesses últimos três séculos. Senão, vejamos em três atos exemplares como está vivo o gênero burlesco da farsa onde todos insistem em querer enganar a todos durante todo o tempo:

Primeiro ato: o golpe de tentar sobrepor um artigo do regimento interno do Senado sobre o voto secreto, que protege os parlamentares de uma eventual hipótese de retaliação, sobre o princípio constitucional da publicidade, como norma geral da administração pública, que protege todos os cidadãos eleitores da traição de seus representantes.

Segundo ato: o golpe da imposição de destituição da mesa legitimamente formada pela presidência de um suplente da mesa anterior, que encaminhava à soberania do plenário a decisão de mudança do regime de votação, por recurso externo ao Poder Judiciário, na calada da noite, e pela figura do caricato ministro-plantonista, afrontando a independência dos poderes.

Terceiro ato: o golpe da renúncia do senador Renan Calheiros, como maior representante da velha política fisiológica de conchavos, barganhas e trapaças, como tentativa de tumultuar e anular o processo eleitoral em curso, que acabaria por eleger o candidato da nova política, o senador Davi Alcolumbre.

Mas impressionantes são as “análises” dos comentaristas políticos das grandes redes de televisão que, querendo aparecer mais do que os senadores, tagarelando suas matracas por sobre as falas dos parlamentares, se precipitam em narrativas jurídico-normativas que mais confundem do que esclarecem as inúmeras manobras dos protagonistas.

Como a da ameaça de cassação do mandato dos senadores que abrissem seu voto, declinando o nome de seu candidato e mostrando a cédula de votação, num ato de desobediência à determinação do ministro-plantonista, o mesmo que, de acordo com a conveniência da vez, tanto pode vetar como estimular a intervenção interna corporis no regimento de outro Poder.

Um pequeno intermezzo no ato final da grande farsa da eleição do novo presidente do… “Se nado não me afogo, se me afobo não nado”. Pois é de se perguntar se realmente o torcionismo esquerdista que domina as instituições da república e distorce os valores morais nas últimas décadas, não será mais difícil de se expurgar da vida política do que pensa as trupes de nossos ainda desarticulados conservadores e liberais.

Definidas as direções das casas legislativas, que terão a responsabilidade de tramitar os projetos de reformas de que o país necessita com urgência, resta avaliar as estratégias de argumentação com que o Executivo, particularmente as equipes política e econômica conduzirão o processo de sua aprovação.

Em sua fala de posse o ministro Paulo Guedes foi claro e objetivo. Mas de pouco adianta apontar as corporações dos que legislam, julgam e fiscalizam como inimigos preferenciais, ou culpar “as figuras do pântano, os burocratas corruptos e os empresários piratas do Estado”.

Nem limitar a aliança com a parte sobrevivente dos políticos, os melhores da administração e das instituições públicas e a “mídia que deve ajudar a explicar as medidas”. Por seu viés esquerdista, a mídia tem demonstrado uma profunda má vontade para com o sucesso do governo ignorando seu dever cívico para com o país. E seria ingênuo pensar o contrário.

Tanto para Paulo Guedes como para chefe da articulação política do governo, Onyx Lorenzoni, falta o principal de uma estratégia de argumentação que não pode se limitar aos elementos políticos e econômicos em si.

Falta levar em conta o componente cultural da estratégia, o que verdadeiramente constrói o convencimento argumentativo: o chamamento para a aliança com os mesmos agentes de cidadania que elegeram este governo, os 5 milhões de “marqueteiros” que foram para a rua fazer a campanha de graça na dramática ausência de seu candidato.

Se o chefe da equipe econômica e o articulador político não se municiarem de uma excelente estratégia de argumentação cultural, ficarão nas mãos da grande mídia. Note-se que seus comentaristas políticos tratam o chefe da economia apenas como “um brilhante economista com excelentes ideias”, mas com déficit de capacidade de articulação e trato político com o Congresso.

A guerra é cultural como tenho afirmado aqui e desenvolvi no último capítulo de meu novo livro, quando apresento a proposta de um programa de agentes de cidadania, não apenas nas redes sociais, mas sobretudo numa rede de mídia aberta, nem que seja a própria rede pública, para o engajamento dos cidadãos na crítica e avaliação das políticas públicas e sobretudo nos critérios de cortes do orçamento público de subsídios setoriais e de privilégios das corporações.

Recomento o programa proposto no livro, e já testado nas redes sociais com 323 agentes de cidadania que se dispuseram a identificar uma questão de política pública e, no espaço de 1min e 30seg, apresentar uma proposta de resolução, com vistas à repercussão na grande mídia, sempre intoxicada com a cobertura do poder formal dos políticos.

Pois é ingenuidade privilegiar exclusivamente as redes sociais como se fez na campanha eleitoral e hostilizar a grande mídia no governo como pretendem alguns setores mais “radicais, porém sinceros”.

Pode-se ganhar uma eleição pelas redes sociais, mas não se sustenta um governo se não se buscar aliança com setores da grande mídia. A guerra cultural que acontece no front das redes sociais, não se repete magicamente na grande mídia. Deve-se buscar os representantes do jornalismo mais cívico exatamente para atacar o jornalismo dito “investigativo”, enviesado e intoxicado de gramscismo e demais esquerdismos.

E atacar com uma proposta clara: como os 5 milhões de agentes de cidadania poderão sustentar a política econômica na sua guinada liberal, denunciar as distorções dos valores morais pela esquerda e se manifestar contra os privilégios das corporações, promovendo as reformas independente da guerra ideológica.

Por exemplo, as corporações empresariais: não adianta criticar o Sistema S, mas propor uma aliança com a CACB, a Confederação Nacional das Associações Comerciais, que não depende das tetas do orçamento público, para recrutar os agentes de cidadania que irão arbitrar entre os privilégios corporativos e a farsa dos “direitos sociais” ilimitados do povo.

Com o apoio inicial das redes de TV pública, é fatal que pelo menos uma rede de televisão privada acabe por aderir. E não precisa ser a maior que, por suposto, é a mais infestada pela praga esquerdista, expressa em campanhas comprometidas com “o Brasil que você quer para o futuro” e não com “o Brasil que você constrói no presente”.

A proposta de uma campanha de agentes de cidadania descrita no último capítulo de meu novo livro chama os cidadãos a se pronunciarem sobre a alocação de recursos concretos do orçamento público para cada setor ou corporações envolvidas.

E convida para que elas mesmas abram mão de uma cota parte de seus privilégios para alocação nos serviços públicos que se destinam à grande maioria de cidadãos sem corporação, uma vez que nossos representantes representam mais suas corporações do que a nós mesmos como seus eleitores.

Vejam que a proposta nada mais é do que um embate efetivo no campo simbólico da cultura da retórica barroquista de nossos representantes da velha política, seus burocratas e empresários corruptos, contra o bom senso iluminista dos agentes de cidadania que participam efetivamente da ação política brasileira. Visitem a página de apresentação da tese do livro aqui, bem como aqui a proposta inicial em artigo deste mesmo Diário do Comércio.

Para mais informações acesse https://dcomercio.com.br/categoria/opiniao/como-superar-a-farsa-da-velha-politica

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