Como quando, mais adiante, clama para que “Deus me livre dessa coisa incômoda demais chamada eu”. Mais uma vez e para além da verdade admitida, a refinada ironia de alguém que pede para se livrar de si mesmo.
A questão é o contexto em que a mensagem do papa circula definido como “tempos de ódio”. E aí é que podemos perceber a inversão barroquista de apelar para a beleza, o sorriso e o senso de humor contra um ódio que na verdade só existe na mente de quem discorda que vivemos, na verdade, tempos de resgate da razão!
Não fosse o Santo Padre um autêntico jesuíta, um “soldado de Cristo”, da Companhia de Jesus, cuja missão na terra sempre foi a catequese dos povos, desde o século XV até o auge da retórica barroca do século XVII, quando a Igreja criou a Congregatio Propaganda Fidei, responsável pela evangelização dos povos!
A questão que se coloca é a de que, pela sua exata força retórica, o barroquismo não admite a sua contestação, o contraponto, a dialética, chegando ao ponto de enfrentar o sacrifício da própria vida pela relativização dos próprios valores. Vide o fim do próprio Santo, decapitado na Torre de Londres, onde de nada valeu sua fina ironia!
No sétimo episódio da série “Tutorial dos Candidatos”, Marcelo Adnet encarna Fernando Haddad, presidenciável pelo PT. Outros candidatos à Presidência já imitados por Adnet são Jair Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede). O humorista também encarnou dois candidatos ao governo do Rio de Janeiro: Eduardo Paes (DEM) e Romário (Podemos).
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