Wikileaks e o direito à informação
Esta semana vamos falar de um dos pilares da cidadania, um dos fundamentos mais básicos da democracia: a transparência de informações públicas. E aqui vale ressaltar o trabalho realizado pela organização Wikileaks e que vem enfrentando grandes obstáculos.
Com sede na Suécia, o Wikileaks se dedica a dar publicidade a informações reservadas de governos de todas as partes do planeta. O Wikileaks recebe esses dados dos seus informantes, realiza uma detalhada classificação e então coloca à disposição de todos em seu site.
Uma das grandes polêmicas envolvendo a organização aconteceu quando seus editores decidiram publicar em abril do ano passado dois vídeos de ataques de helicópteros contra civis na guerra do Iraque. Outra denúncia que gerou controvérsia foi a publicação de uma série de documentos do exército americano comprovando a morte de milhares de civis na guerra do Afeganistão.
Por este trabalho, o Wikileaks chegou a ser indicado para o prêmio Nobel da Paz por seu trabalho na “divulgação de informações sobre corrupção, violações dos direitos humanos e crimes de guerra”.
Esta semana, o Wikileaks lançou em seu site um apelo para doações. Segundo os responsáveis, a organização está sofrendo com a falta de recursos para a sua manutenção. Eles alegam que, devido ao teor de seu trabalho, estão enfrentando um amplo bloqueio por parte de instituições bancárias ligadas aos governos que tiveram seus documentos divulgados.
Independente do Wikileaks resistir aos não às pressões, o fato é que já está lançada a semente da luta pela transparência nas informações que deveriam ser públicas. E isso graças aos recursos das novas mídias, em especial aos blogs, sites e redes sociais da internet.
Uma democracia, para ser plena e forte, deve levar em conta que governos e políticos são temporários, e que devem, sim, satisfação aos verdadeiros donos dos mandatos, os cidadãos eleitores e pagadores de impostos.
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