Wikileaks reacende debate sobre o direito à informação pública
Uma das mais antigas e importantes lutas dos cidadãos é pelo direito de saber exatamente o que acontece dentro dos governos; o que os gestores planejam, o que os governantes fizeram ou farão com o dinheiro público, e o que isso vai afetar a vida de cada um de nós.
Recentemente, o site “Wikileaks” que é dirigido por um jornalista australiano, teve acesso, e passou a divulgar, milhares de documentos de membros de governos, autoridades e diplomatas dos mais variados países, até do Brasil. O detalhe é que esses documentos vinham sendo mantidos bem longe do olho dos cidadãos e contêm detalhes nem sempre amenos sobre os bastidores do poder.
No Brasil, o movimento Artigo 19, que defende a liberdade de acesso às informações públicas, divulgou um manifesto que na verdade é um alerta. Para a entidade, é preocupante o esforço de vários governos, principalmente o americano, em perseguir e processar o dirigente do Wikileaks por suposto crime de espionagem. Mais que isso, países em que a comunicação já sofre um grande cerceamento, como a China, estão usando a desculpa dos vazamentos de informação do Wikileaks para tornar ainda mais rígido o controle sobre a internet.
Já existe tramitando no Senado uma proposta de regulamentação do direito à informação, que obriga a união, estados, municípios e Distrito Federal a garantir o direito de todos em acessar informações públicas através de procedimentos simples. Isso permitirá, entre outras coisas, um controle social da administração pública.
Aqui na Voz do Cidadão vocês podem ler a íntegra do manifesto do movimento Artigo 19. E parem pra pensar um pouco: se o poder público só existe por causa dos impostos que arrecada dos cidadãos, porque não podemos saber de tudo o que acontece lá dentro?