Trabalho escravo: mais 88 empresas na lista suja
2011 já começou com muitas novidades para um dos temas mais importantes para a cidadania e luta pelos direitos humanos no Brasil. Dados que acabaram de ser divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego dão conta que durante o ano passado mais 88 empresas foram pegas nas fiscalizações contra o trabalho degradante.
Com isso, temos hoje 220 empresas na “lista suja” do ministério, sendo que, somente em 2010, mais de 2.300 trabalhadores foram libertados de condições de trabalho análogas à escravidão. Em 10 anos de fiscalizações, mais de 35 mil trabalhadores já foram resgatados. Não é pouca coisa, principalmente quando a gente pensa que escravidão é uma coisa que ficou lá para trás na nossa história, quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea.
Este é um problema antigo no Brasil e que, para ser combatido, precisa da ajuda de todos, poder público, trabalhadores e entidades civis. Pelo governo, a nova secretária de Direitos Humanos, Maria do Rosário, que tomou posse esta semana, já demonstrou estar atenta ao problema. Segundo ela, “será preciso dialogar com a sociedade e ministros de outras pastas para enfrentar a situação e combater efetivamente o trabalho escravo no Brasil”.
Já pelo lado das entidades da sociedade civil organizada, o Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho acaba de lançar sua campanha anual de conscientização para o problema do trabalho escravo. Com o tema “Compromisso com o trabalho digno”, a entidade procura alertar os cidadãos sobre o que é necessário cobrar do empregador para que a relação de trabalho não seja a de escravidão.
Vale a pena conferir a campanha aqui no site da Voz do Cidadão. Aproveite e baixe o folder explicativo e repasse para os seus contatos. E lembre-se, se você tiver conhecimento de pessoas submetidas a condições degradantes de trabalho ou a jornadas exaustivas, não hesite em denunciar no escritório regional do Ministério do Trabalho ou através do telefone 0800-61-0101.