Segurança na Copa. Que segurança?
Ouvintes do Panorama, que tal agora falar um pouco de futebol pra variar? Mais especificamente sobre a Copa do Mundo, que já está aí “na esquina”. Uma das reclamações mais vistas nas manifestações de rua desde o ano passado foi a ingerência exagerada da Fifa nos países que sediam suas copas: o tal padrão Fifa. E uma dessas intervenções está justamente na segurança dos estádios, hoje chamados pomposamente de “arenas”.
A dica veio do sindicato nacional dos policiais federais, o Sindipol/DF. Vocês sabem quem vai cuidar da segurança dos torcedores que forem aos estádios para os jogos? Pois é. Fora dos estádios, o controle da ordem é feito pelas forças de segurança dos próprios países-sede. Mas, dentro, é considerado área da Fifa e é a entidade quem determina quais empresas privadas de segurança vão atuar. O acordo do governo brasileiro com a Fifa prevê que cerca de 20 mil agentes privados deverão atuar.
O problema é que só esta semana o comitê local organizador da Copa detalhou quem serão essas empresas, o que acaba prejudicando qualquer planejamento para os jogos. Ao todos, são 39 instituições de segurança e mobilidade envolvidas, além de várias outras forças estrangeiras.
Até o momento, 35 países já confirmaram o envio de agentes para o Mundial. Além deles, a Interpol, a Ameripol e a Organização das Nações Unidas, a ONU, também enviarão representantes. Todos vão atuar sob o comando da Polícia Federal tanto no Centro de Cooperação Policial Internacional, como também dentro dos estádios. A única exigência é que todos estejam desarmados.
O que preocupa a Polícia Federal é que, em megaeventos anteriores, a experiência teve alguns problemas. Por exemplo, nas Olimpíadas de Londres 2012, militares foram convocados às vésperas dos jogos porque a empresa contratada para preparar os agentes simplesmente não conseguiu treinar os mais de 13 mil profissionais. Já na última Copa, na África do Sul em 2010, a polícia local teve de assumir a segurança depois que os agentes privados resolveram entrar em greve.
E o pior é que a Fifa se exime de qualquer responsabilidade, caso ocorram problemas graves. Pela Lei Geral da Copa, o Brasil assume legalmente responsabilização civil perante a Fifa por todos os danos decorrentes de acidentes de segurança relacionados ao evento.
Ao contrário do que muitos postam nas redes sociais, é claro que vai ter Copa do Mundo. O que se espera é mais respeito do governo brasileiro e da Fifa com os torcedores e com as instituições de Estado voltadas para a segurança desses cidadãos.
Você têm acesso a mais informações sobre esse tema aqui, no www.avozdocidadao.com.br. Até domingo que vem!
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