São muitas as propostas de reforma política. Qual é a sua?
Boa noite ouvintes! Com as manifestações de hoje em centenas de cidades pelo país, não dá mais para deixar de lado uma discussão séria e mais consistente sobre a reforma política. E, acima de tudo, com a participação de amplas camadas da sociedade.
Muitas propostas têm sido feitas nestes últimos anos, e elas tratam dos mais variados temas, desde quem pode ou não ser candidato nas eleições até como deve ser feito o financiamento das campanhas eleitorais, passando por regras como a cláusula de barreira, o voto facultativo, a participação de gênero e de raça no sistema político, e muito mais.
Uma das discussões mais acirradas é sobre o sistema de voto, e sobre isso temos pelo menos quatro grandes propostas que devem ser analisadas. A Coalizão para a Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, que representa centenas de organizações da sociedade, divulgou esta semana um quadro comparativo para esclarecer melhor.
A própria Coalizão tem a sua proposta sobre sistema de voto. Para o grupo, o voto dos cidadãos eleitores deve ser realizado em dois turnos. No primeiro, vota-se numa lista previamente decidida pelos partidos. Ou seja, vota-se na legenda, suas ideias e nomes. Num segundo turno, os cidadãos votariam, então, diretamente no nome dos candidatos, para evitar um dos grandes problemas do voto proporcional atual: vota-se num nome e quem acaba entrando é outro candidato, às vezes com menor número de votos do que outro de um outro partido. E até de perfil político incompatível com o que se gostaria.
Um outro sistema de voto que tem sido discutido é o chamado “distritão”. Por esse sistema, cada estado seria considerado um grande distrito eleitoral, e seriam eleitos os candidatos com mais votos totais, sem um sistema de proporcionalidade. Por esse modelo, um estado como São Paulo, que possui 70 representantes na Câmara dos Deputados, continuaria a ter esse mesmo número de parlamentares, mas com a diferença de que seriam eleitos somente os mais votados, não importa de que partido forem.
Uma das grandes críticas ao distritão e seu sistema majoritário seria a de que os partidos acabariam tentando atrair celebridades de ocasião, que nem sempre têm peso e experiência política suficientes para desenvolver mandatos relevantes. Fora a crítica de que este sistema promoveria o esvaziamento da importância dos partidos políticos e seus programas.
Semana que vem vamos continuar falando sobre esse tema, desta vez com as opçóes do voto distrital puro e do distrital misto. E, principalmente, sobre o instrumento do “recall” político que, realmente, anda fazendo falta por aqui.
Aqui no www.avozdocidadao.com.br vocês podem conferir a tabela comparativa divulgada pela Coalizão pela Reforma Política Democrática. Procure conhecer as diferentes propostas e não fuja deste debate, pois ele é mais que urgente!
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