Perspectivas da cidadania para 2015
Boa noite a todos! Hoje vamos comentar um pouco sobre o que a cidadania espera deste 2015 que está começando agora.
Como vocês se recordam, um dos grande marcos políticos do ano passado foi o início do processo judicial para apuração dos desvios bilionários de verbas públicas dentro da Petrobras. Estamos falando aqui de pelo menos 10 bilhões de reais surrupiados da empresa, sem falar na desvalorização recorde de suas ações nas bolsas do Brasil e dos Estados Unidos. O Ministério Público já pediu o indiciamento de pelo menos 52 pessoas supostamente envolvidas, o que torna este caso muito maior até do que o do Mensalão.
Para 2015, esperamos a apuração completa do caso e o início do julgamento dos indiciados, garantida aos réus uma ampla defesa, claro.
Mas outro escândalo pode estourar este ano, referente aos contratos do BNDES, o banco de desenvolvimento brasileiro, para obras de empreiteiras nacionais em solo estrangeiro. Sob a alegação no mínimo controversa de que tais contratos devem ser sigilosos por causa da soberania nacional, até hoje não sabemos o valor exato envolvido. E muito menos as condições expressas nesses contratos. Por se tratar de dinheiro público utilizado em países estrangeiros, esses contratos deveriam passar pelo crivo do Congresso Nacional, e o governo federal simplesmente ignorou isso.
Para a especialista e professora da USP Maristela Basso, “em nenhuma hipótese o presidente, seja ele qual for, pode emprestar por meio do BNDES ou de qualquer outra forma, sem que o Congresso Nacional aprove e sem o conhecimento dos parlamentares, pois é dinheiro público“.
O assunto é explosivo, principalmente quando se trata de valores tão grandes quanto os casos do Petrolão ou do Mensalão. Segundo estimativas divulgadas nos noticiários, estamos falando de créditos que ultrapassam os 15 bilhões de reais. E isso somente para dois países, Cuba e Angola. Fora os repasses para Venezuela, Bolívia, Equador e outros, todos guardados sob o mais absoluto sigilo.
Esse tema é polêmico e espinhoso, mas temos de enfrentá-lo. Tem a ver com o papel do Estado brasileiro, que, ao invés de garantir justiça, educação básica, saúde pública e segurança aos seus cidadãos, se rende à ideologia do Estado empresário e hipertrofiado, que sempre será mais gastador, corrupto e menos eficiente.
2015 deverá ser o início de um grande debate público sobre o Estado que queremos para o Brasil. Participe sempre!
Semana que vem estamos de volta. Até lá!
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