O duplo comportamento do Tribunal de Contas da União
Boa noite cidadãos ouvintes do Agito! Boa noite Thiago Matheus! Hoje vamos começar falando mais uma vez sobre uma das instituições de Estado mais importantes que temos: o Tribunal de Contas da União ou, simplesmente, TCU.
Como se sabe, o TCU é um órgão ligado ao Congresso Nacional e age no assessoramento do poder Legislativo em sua função constitucional de fiscalizar os gastos do poder Executivo.
Mas o TCU anda bem longe de ser uma unanimidade nacional e tem tido um comportamento bastante irregular no que diz respeito à cidadania, à moralidade pública e ao bom uso dinheiro que, no fim das contas, é de todos nós.
Querem um exemplo? Agora mesmo ficamos sabendo que os ministros do TCU decidiram conceder um auxílio-alimentação a si mesmos e a quase 5 mil juízes federais. Detalhe: o auxílio imoral será concedido retroativamente, a partir de 2004. Com isso, cada ministro vai receber 35 mil reais em média, referentes aos últimos oito anos. No total, é esperado um rombo de mais de 300 milhões de reais nas contas públicas.
Pois esse mesmo TCU que está brincando com o dinheiro público acaba de divulgar uma posição de grande consciência de cidadania. No finzinho da semana passada, os ministros do órgão decidiram por unanimidade aprovar as contas federais de 2012. Mas foram firmes ao criticar as práticas contábeis usadas pelo governo para conseguir “fechar” as contas. E ainda acusaram o Palácio do Planalto de omitir do cálculo diversas despesas, além de incluírem receitas que não são reais.
Pois esse comportamento duplo do TCU acaba comprometendo a imagem desta instituição fundamental para a democracia, cada vez mais assombrada pelo jogo político das indicações de seus ministros, que raramente são auditores de contas de carreira mas sim amigos, companheiros ou até mesmo parentes de políticos influentes.
Aqui no www.avozdocidadao.com.br vocês podem conhecer a íntegra da decisão do TCU que aprovou as contas do governo federal para 2012. Procurem conhecer e refletir sobre a importância de se manter uma instituição dessas bem longe do toma-lá-dá-cá da vida política nacional.