Nasce a AMAPORT, mais uma neta da Amarribo
Hoje vamos falar dos esforços de uma parte da sociedade civil organizada que quase nunca ganha as manchetes dos jornais, mas que foi uma das grandes responsáveis pelo recolhimento das quase 5 milhões de assinaturas que viabilizaram o projeto Ficha Limpa recém-aprovado. Foi um esforço de 46 entidades representativas de vários segmentos da sociedade civil, como o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, aOrdem dos Advogados do Brasil, a AMB, CNBB e outras.
Por todo o Brasil, mais de mil pequenas associações de moradores e de controle social sobre governos estão fazendo em silêncio a grande transformação dos costumes políticos que o Brasil tanto precisa. E é com satisfação que comunicamos a todos a criação de mais uma entidade de fiscalização do poder público. É a Amaport – Amigos Associados de Porteirinha, uma pequena cidade no norte de Minas Gerais.
A Amaport é “filha” da Asajan-Associação dos Amigos de Januária, também no norte de Minas, criada pelo jornalista investigativo Fabio Oliva. Como todo início de uma associação, ainda são poucos os participantes, 18 no total, dentre eles advogados, enfermeiras, assistentes sociais, professores, trabalhadores rurais, fisioterapeutas e administradores públicos.
Vale lembrar que todo este esforço começou com o trabalho pioneiro da Amarribo – Amigos Associados de Ribeirão Bonito, no interior de São Paulo. A Amarribo hoje lidera uma rede de 175 organizações de controle social e acompanhamento de governos espalhadas por vários estados do país e desenvolveu uma importante cartilha sobre fiscalização de prefeituras: “Combate à corrupção nas prefeituras do Brasil”.
A própria Asajan, “madrinha” da Amaport, já lidera uma rede de outras 7 entidades na região do norte de Minas, como Montalvânia, Mirabela, Itacarambi e outras.
Estes são apenas alguns exemplos de que a cidadania não precisa necessariamente “fazer barulho” para conseguir mobilizar cidadãos para o acompanhamento de mandatos, de promessas de campanha, governos e orçamentos públicos. Para isso, contam com o apoio precioso não só de auditores de controle externo de contas públicas e entidades voluntárias, como a Auditar, mas de instituições vitais para o estado democrático de direito como o Ministério Público,os Tribunais de Contas e a Controladoria-Geral da União, a CGU.
Vale a pena baixar aqui na Voz do Cidadão a cartilha “Combate à corrupção nas prefeituras do Brasil” e conhecer. E aí na sua cidade? Já existe uma entidade de controle social? Pense se já não está na hora de criar uma aí!