Discurso do Rei – discurso da cidadania
Amanhã teremos a sempre tão esperada noite de premiações do Oscar, maior prêmio da indústria do cinema americano.
Nesta edição 2011, um filme em especial está atraindo todas as atenções. Trata-se de “O discurso do rei”, do diretor Tom Hooper e com a excelente atuação do ator Colin Firth. O tema principal emociona e nos faz refletir sobre o respeito, a dedicação e a ética que um governante deve aos cidadãos.
Na história, o rei George VI, na Inglaterra dos anos 30, acaba de ser coroado rei, após a abdicação do trono pelo seu irmão mais velho, Eduardo VIII. E logo de início possui uma tarefa difícil. Explicar aos seus conterrâneos sobre os deveres morais, patrióticos e de luta pela liberdade relativos à segunda grande guerra que acabara de se iniciar. Era a o início da época de ouro do rádio, e os governantes passaram a se comunicar ao vivo com grandes massas. Mas o novo rei era gago e o seu discurso significaria unir ou não os cidadãos para tempos difíceis que estariam por vir. George VI decide tomar aulas e fazer exercícios com um fonoaudiólogo. E faz um discurso histórico.
E é aí que entra o nosso comentário. O respeito aos seus cidadãos e principalmente a visão aguda da importância de ser um governante é que tornaram realidade essa história de superação. Ao discursar para os britânicos, George VI deu uma inequívoca demonstração de transparência e atenção para o que acontecia em seu reino. Não era costume de monarcas e déspotas antigos se dirigirem pessoalmente à população. Publicavam-se éditos ou falava-se com generais, quando muito. E a Inglaterra conseguiu reunir forças suficientes para enfrentar a ameaça nazista.
Em grande parte também pela atuação e visão do primeiro-ministro Winston Churchill, que soube em boa hora rechaçar as ofertas nazistas de luta comum contra a União Soviética.
Terminamos hoje com uma citação de Churchill: “A democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos”.