Coalizão por Eleições Limpas faz primeira reunião do ano no dia 10/02
Ouvintes aqui do Agito, agora vamos continuar falando de mobilização da sociedade para transparência e ética na relação do poder público com a sociedade.
O exemplo mais emblemático que aconteceu no Brasil nos últimos tempos foi o apoio maciço da sociedade à campanha pela Lei da Ficha Limpa. Em pouco mais de dois anos, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, o MCCE, em parceira com a OAB, o CNBB e outras cinquenta organizações da sociedade, conseguiu levantar perto de dois milhões de assinaturas para o projeto. Bem que os nossos nobres parlamentares tentaram frear a tramitação do projeto de lei no Congresso, mas a pressão dos cidadãos atuantes fez aprovar a nossa mais importante lei de combate à corrupção eleitoral.
Pois esse mesmo grupo está preparando uma nova ofensiva neste ano eleitoral, através da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas. Uma articulação de centenas de organizações da sociedade civil, com uma força de mobilização jamais vista por aqui.
E os trabalhos já começaram. Na próxima segunda-feira, dia 10 de fevereiro, a Coalizão fará a sua primeira grande reunião do ano, em Brasília. Na pauta, discussões sobre estratégias de mobilização para a questão mais urgente do momento: o apoio à Ação de Declaração de Inconstitucionalidade 4650, que a OAB Nacional levou ao Supremo Tribunal Federal. A organização pretende que o Supremo derrube o dispositivo legal que permite doações de pessoas jurídicas para as campanhas políticas, um dos grandes focos de corrupção, não só no Brasil mas em todo o mundo.
Como se sabe, grandes empresas doam verdadeiras fortunas a candidatos, campanhas e partidos políticos e não dá para acreditar que seja apenas por algum tipo de alinhamento ideológico. Afinal, uma recente pesquisa da organização Transparência Brasil revelou que as empresas que mais doam no Brasil fazem isso não para uma ou duas linhas políticas, mas para até 12, 15 campanhas eleitorais ao mesmo tempo. Dá para confiar?
Vale lembrar a observação da ministra do Supremo, Carmen Lúcia, sobre o tema, numa entrevista algum tempo atrás: “Pessoa jurídica não é cidadão e não vota. Não há por que empresa fazer financiamento de campanhas“.
Para saber todas as novidades sobre essa grande articulação da sociedade que é a da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, acesse aqui o www.avozdocidadao.com.br, ou o próprio site da Coalizão, o www.reformapoliticademocratica.com.br.
Até a semana que vem!