Cidadania ganha força na guerra contra o tráfico no Rio de Janeiro
Como não podia deixar de ser, hoje vamos falar sobre a trágica guerra ao tráfico que o cidadão está vivendo no Rio de Janeiro. Os detalhes estão sendo mostrados ao vivo e a cores em todos os noticiários, mas um ponto nos parece digno de nota, sob o ponto de vista da cidadania.
Estamos falando do apoio à luta policial demonstrado pelos cidadãos das comunidades envolvidas nas operações policiais, seja através de uma participação recorde no serviço de disque-denúncia, seja diretamente aos policiais, oferecendo apoio, informações, água e até comida durante os confrontos.
Por exemplo, somente nesta última quinta-feira, o Disque-Denúncia recebeu mais de mil ligações vindas da região da Penha, onde aconteciam os conflitos. Segundo o coordenador do serviço, Zeca Borges, “em outras vezes havia indignação da população também, mas agora há uma atitude, há posicionamento. Por isso, a qualidade da ligação é diferente.”
Segundo Marcos Vinicius Wink, presidente da Federação dos Policiais Federais, a Fenapef, “isso acontece porque a população está realmente acreditando que agora é para valer e a polícia federal vai corresponder a essa expectativa.”
Talvez turbinado por fenômenos recentes como o filme “Tropa de Elite” e a aprovação da Lei Ficha Limpa, o fato é que está cada vez mais em alta a nossa auto-estima de cidadãos conscientes e que sabem a importância de se valorizar as instituições de Estado, como as polícias, os promotores e procuradores públicos, os defensores, os auditores e outros.
Quando as instituições do Estado são autônomas e independentes do jogo político dos governantes da ocasião, quem ganha é o cidadão trabalhador. Se você está aí no Rio e presenciou algum delito, não hesite em denunciar. No Rio, o telefone é o 2253-1177. Em São Paulo é o 0800-156315. E em Belo Horizonte é o 181.