Brasil tem a banda larga mais cara do mundo
Como temos visto em todos os noticiários pelo mundo, agora é pra valer. Depois da chamada Primavera Árabe, e agora com a série de movimentos de manifestação pacífica inspirados no “Ocupem Wall Street” americano, o poder da internet como veículo transformador da realidade política passou a ser inquestionável.
Turbinados pelas redes sociais e blogs na internet, esses movimentos conseguiram um êxito nunca antes alcançado tanto no planejamento quanto na manutenção dos eventos.
Aqui no Brasil também tivemos bons exemplos disso, como as recentes Marchas contra a Corrupção e o maciço apoio da sociedade através de abaixo-assinados eletrônicos em apoio à Lei Ficha Limpa. Mas ainda temos um longo caminho a percorrer, não só na formação de uma cultura de verdadeira cidadania mas também no aprimoramento das ferramentas que usaremos para alcançar níveis de conscientização de “primeiro mundo”.
E o primeiro passo é um acesso fácil, barato e irrestrito ao principal meio de comunicação de uma democracia digital, a própria internet, claro.
Segundo levantamento recente também divulgado pelo Portal do Consumidor, o Brasil tem a banda larga fixa e móvel mais cara do mundo e com custo muito acima do praticado em países emergentes e até mesmo em economias menos desenvolvidas que a nossa. Pela pesquisa da ONU divulgada esta semana, no Brasil o preço médio do pacote de conexão ilimitada de 512k é de 31 dólares. Na Turquia, por exemplo, pelo mesmo custo contrata-se um pacote de um mega, o dobro da velocidade. No Vietnam, então, nem se fala. O pacote com velocidade de 1,5 mega sai por apenas 8 dólares.
Na internet por celular a situação é parecida. A velocidade média oferecida aos cidadãos brasileiros é de um mega. Para se ter uma idéia, a velocidade média no Quênia, no Sri Lanka ou na Turquia é de nada menos que 7 megas. Um verdadeiro escândalo.
Fica aqui a dica para que os cidadãos conscientes e atuantes enviem mensagens à agência reguladora do setor, a Anatel, cobrando uma significativa mudança nos custos e na qualidade das conexões que nos são oferecidas pelas empresas de telecomunicações.
Não tem mais volta. A internet é o futuro da cidadania e o Brasil não pode ficar para trás neste processo. Até a semana que vem!