Brasil continua último colocado no ranking de retorno de tributos à sociedade
Ouvintes do Panorama, agora vamos falar de um dos temas mais comentados desde as grandes manifestações de rua do ano passado: a pouca qualidade dos serviços públicos brasileiros em comparação com a alta carga tributária que pesa sobre os cidadãos.
Aproveitando que falamos agora há pouquinho da organização Auditar, dos auditores federais dos tribunais de contas, segue aqui uma dica importante enviada por eles.
O Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributária, o IBPT, acaba de divulgar a sua mais nova pesquisa, que compara os serviços públicos no Brasil com os de outros países, em relação ao peso dos impostos cobrados dos cidadãos. Os dados se referem ao ano de 2012. O ranking de 2013 será revelado só ao final deste ano.
O levantamento “Carga Tributária: PIB versus IDH” comparou 30 países com maior peso de impostos em cima de seus cidadãos e verificou o bem-estar da população, medido pelo Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH, em relação à carga tributária. Nosso Brasil ocupou a posição de número 30, atrás de vizinhos bem menos favorecidos, como Uruguai, que ficou em décimo terceiro, e a Argentina, em vigésimo quarto. Estamos até mesmo atrás de países com graves problemas estruturais, como a Grécia.
Como já é de praxe, os países com bom nível de desenvolvimento humano são também aqueles no topo dos serviços públicos. Os Estados Unidos ocupam a primeira colocação no ranking, oferecendo melhor retorno aos cidadãos, seguidos da Austrália, Coréia do Sul e Irlanda.
E detalhe: este é o quinto levantamento seguido em que ocupamos a última posição nesse ranking. Vergonhoso mesmo.
Como observa o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, “Apesar de registrar sucessivos recordes de arrecadação de tributos, o Brasil ainda não oferece condições adequadas para o desenvolvimento da sociedade”.
Vale lembrar que impostos não são apenas aqueles declarados anualmente no imposto de renda. Até mesmo aqueles cidadãos isentos da declaração são “mordidos” pela fúria arrecadatória dos governos, pois pagamos IPVA, IPTU e taxas de serviços públicos, além de todos aqueles tributos embutidos em produtos e serviços que consumimos durante todo o ano, como o IPI, o ISS e tantos outros.
Aqui no www.avozdocidadao.com.br vocês podem baixar a íntegra da pesquisa do IBPT. Fica aqui essa dica para vocês refletirem ao longo da semana que vem.
Até domingo!